NAS AULAS DOS GUERREIROS A GRANDE ESTRELA É O FREVO!

Veja algumas imagens e tire suas próprias conclusões.

UNIÃO ENTRE PASSISTAS, É POSSÍVEL?

OPINIÃO. Fala-se muito da necessidade de ver um dia a tão esperada união entre os passistas de frevo.

A FORÇA DA CAMISA AZUL

Nas aulas do Projeto Frevo na Praça, já foi possível observar que os professores dos Guerreiros do Passo, utilizam nos seus encontros semanais no bairro do Hipódromo...

MAX LEVAY REGISTRA OS GUERREIROS DO PASSO

O pernambucano Max Levay, profissional de reconhecido talento da arte da fotografia, fez um bonito registro dos Guerreiros do Passo no último mês de março. O artista produziu...

FOCO NO APRENDIZADO

Hoje em dia a busca por um melhor condicionamento na arte desenvolvida pelos famosos passistas de frevo, tem levado alguns praticantes a sair por ai pulando de aula em aula...

News - Guerreiros pretendem retornar às atividades abertas ao público ainda este ano/ Este site vai entrar em manutenção.

Já vem a tradicional enxurrada de eventos de axé e pagode pós-carnaval.

ARTIGO
Bem acabaram as festas, desfiles e shows musicais nas cidades do Recife e Olinda, e já deram inicio aos eventos chamados de pós-carnaval, como: Festa da Ressaca, Selinho não é gaia, Caldeirão Mix, Recife Mania Festa, Não Acredito que Te Beijei entre outros.

Apresentações e uma seleção repleta de artistas e sons que invadem nossos ouvidos durante o ano todo, e de tanto nos infernizar tocando repetitivas vezes em rádios, tv’s e na internet, não é difícil imaginar que nos peguem também cantarolando seus versos e letras fáceis de memorizar, afinal, é pra isso que elas existem, para nos transformar em lucrativos e radiantes ouvintes. Tudo bem, estamos numa democracia, temos o direito de sermos bobocas.

Sonho com um dia em que nossa música possa tocar também depois do carnaval, como o forró, o axé e o pagode. Nada de bairrismos, não importa que tenham espaço, mas, cadê o frevo, o coco, maracatu? Será que estes ritmos só são bons de ouvir e dançar nas prévias e durante o período momesco? Na prática não me parece que seja assim.

Seria preconceito dos produtores e preguiça cultural de alguns foliões? Será que há uma articulação para sufocar nossos valores? Será que somos ingênuos? Bobos? Burros? Ou somos massa de manobra de um marketing voltado para nos transformar em consumidores dementes de produtos descartáveis, com uma propaganda intencional, sobretudo para nos fazer pensar que somos o que nunca desejamos ser, ou escolher o que jamais pensamos ter?

Creio que aqui existam muitas interrogações para poucas respostas elucidativas. Mas, podemos tentar... Antes foi Reboletion, ano passado Foge Mulher Maravilha, este ano Assim você me mata, e as peças vão se sucedendo, e o que é nosso cada vez mais desvanecendo.

Na verdade, o que mais incomoda não é o sucesso alheio, e sim, o desajuste e desequilíbrio com que são tratadas as manifestações da nossa região. O bom seria que todos tivessem o mesmo espaço e condições iguais de concorrência, o que nunca acontece. Deveríamos começar pela revisão dos contratos de artistas que vem de fora para participar dos eventos patrocinados pelos poderes públicos. Uma extraordinária disparidade se compararmos o tratamento que é dado aos artistas e grupos da terra. Depois, quem sabe, rever as concessões públicas das emissoras de rádio e tv, sugerindo e incentivando uma parte da programação para a propagação dos artistas e gêneros musicais do nosso povo.

Não pensem que estamos isentos de responsabilidades com o que está acontecendo. Este fenômeno também é, de alguma forma, proveniente do nosso descaso em não dar valor e reivindicar mais espaço nas mídias para os valores locais. Vejo muita gente anunciando e propagando nas redes sociais eventos do tipo citado aqui no texto, e não demonstram nenhuma disposição em divulgar ou repassar informações sobre acontecimentos e shows da nossa cultura. Como querem depois que esses grupos e artistas sobrevivam e se mantenham na mídia? Depois não reclamem que eles sumiram do carnaval ou não estão nos Polos carnavalescos de sua preferência.

Não acredito que isso seja um acontecimento natural das transformações culturais ou um processo inevitável dos tempos. Posso apostar que há interferência sim e interesses escusos em obter ganhos exorbitantes em cima de uma população sofrida, acostumada a uma política ideológica de valores culturais duvidosos, voltados especialmente para dominar não somente seu dinheiro, mas também, sua mente.

Eduardo Araújo

Dialética carnavalesca

Por Homero Fonseca
Quadrilhas juninas e carnaval: mais relações do que
imagina nossa vã filosofia - Foto: Carlos Oliveira/PCR
Durante um debate sobre Carnaval, ouvi uma informação surpreendente da boca do Sr. Carlos Orlando Pinheiro, presidente da troça Cachorro do Homem do Miúdo. Pra quem não sabe, as troças são os primos pobres dos clubes de rua: têm estrutura semelhante, o frevo é seu carro-chefe e sua origem é eminentemente popular. Mas tudo em escala menor (orquestra, figurantes etc.). E só desfilam durante o dia, enquanto os clubes são noturnos.

Aliás, pra ser mais preciso, os dois tipos de agremiação há muito tempo vêm passando por um lento processo de decadência, por conta de um complexo processo histórico, iniciado já na longínqua década de 30, quando o carnaval pernambucano passou a ser controlado pela Federação Carnavalesca e tutelado pelo poder público, que passou a financiar os desfiles e, em conluio com a Federação, a ditar normas e critérios de participação.

Tudo bem, não sou saudosista, do tipo que edulcora o passado e sonha com um congelamento do tempo. Tudo muda, inclusive as expressões culturais, populares ou não, entre elas o carnaval. Hoje, prevalece o carnaval-espetáculo, realizado em vários palcos, onde se apresentam artistas locais e, principalmente, do mainstream musical, a troco de altos cachês, para delírio das massas. Não sei se poderia ser diferente, mas sei que é assim.
Escapam dessa sina de atores-coadjuvantes, os blocos líricos, formados maciçamente desde suas origens pela classe média; os maracatus, tanto os de baque solto, quanto os de baque virado, que viraram cult, não só por conta mas principalmente pela explosão do movimento mangue-beat, e a empresa carnavalesca Galo da Madrugada. Também umas poucas agremiações de fortes vínculos comunitários, como Clube Ceroula, de Olinda, e similares.
Talvez eu esteja exagerando, porque uma característica do carnaval pernambucano é sua diversidade e sua forte presença no imaginário coletivo, de modo que se multiplicam tudo que é sociedade carnavalesca, dos mais diversos tipos, em tudo quanto é bairro.
Acho até que há lugar para todos sob o sol que incendeia o Recife e Olinda (e outras cidades do interior, sim senhor), nesta época de chuva, suor e cerveja. Inclusive o Recebeat, uma alternativa claramente não-carnavalesca.

Apenas constato essa tendência da espetacularização e passividade do público, que está desequilibrando a tal diversidade.
Pois bem, nesse quadro que expus muito genericamente e superficialmente, uma coisa bastante clara é a adesão, contrariada ou de bom grado, das próprias agremiações que, em busca de títulos de campeãs e principalmente dos subsídios governamentais, buscam a todo custo um glamour feito-para-a-televisão, elegendo um tema, aumentando o número de figurantes, fazendo fantasias mais luxuosas, acrescentando ou cortando personagens etc.
E aqui chego à surpreendente revelação de Carlos Orlando, do Cachorro do Homem do Miúdo, troça com 102 anos de existência e que não tem nem nunca teve uma sede. Durante o debate, desfiando as dificuldades das agremiações populares, Carlos Orlando lamentou o que chamou de “falta de material humano” para os desfiles (também pudera, a moçada prefere ficar hipnotizada na fila de gargarejos dos palcos, onde desfilam grandes nomes da música comercial brasileira, alguns de alto nível).

Daí, contou ele, muitos clubes e troças contratam quadrilhas juninas inteiras para compor por uma noite seu quadro de figurantes, a fim de desfilar com garbo e majestade perante as comissões julgadoras.

Em suas palavras: “Tem agremiação que, se for campeã e no dia de receber o troféu for chamada, não tem ninguém para ir. Só vai o presidente pegar o troféu, porque não tem o corpo da agremiação pronto. Não é dela. É contratado. É contrato de destaque, de passista, de tudo.”

Aliás, as próprias quadrilhas juninas também estão bastante carnavalizadas (prefiro-as assim, àquelas caricaturas preconceituosas com que os jovens urbanos de classe média pintavam os matutos, no passado, com roupas remendadas, dentes cariados etc). Já comentei esse assunto em outra postagem, neste blogue.

Taí um bom tema para os pesquisadores.

Um passo importante foi dado para salvaguardar o acervo do Mestre Nascimento do Passo

O inicio do ano de 2012 está sendo determinante para conversas e reuniões em torno da preservação do acervo do Mestre Nascimento do Passo.
 
O grupo Guerreiros do Passo comemora um dos primeiros resultados alcançados em prol da manutenção do acervo do famoso passista Francisco do Nascimento Filho.
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), entidade de pesquisa ligada ao Governo Federal, acolheu o pedido do grupo, para analisar a possibilidade da instituição receber por doação, os objetos e toda documentação deixados pelo mestre durante sua vida inteira dedicada ao frevo.
Motivo da publicação de um artigo veiculado aqui no Blog, no qual o texto relatava o pedido feito pela viúva do Mestre aos integrantes dos Guerreiros do Passo, solicitando o engajamento do grupo para a conservação do acervo deixado pelo artista, culminou em conversas e contatos com membros da Fundação Joaquim Nabuco, suscitando uma articulação que pudesse reparar, ou mesmo compensar a inércia dos poderes públicos locais, que negligenciaram o caso, não dando importância ao fato. Na visão do grupo, a Fundaj é a instituição mais preparada e com condições para abrigar este acervo.

Um dos primeiros contatos se deu através do pesquisador Renato Phaelante, que repassou o pleito do grupo para a diretoria responsável, e esta, por sua vez, pediu para marcar uma visita com os familiares do passista. A intervenção de Phaelante foi fundamental para isso acontecer.
Na manhã do dia 17 de janeiro, uma equipe técnica da Fundação visitou a residência da viúva do mestre em Campo Grande. Na sua casa, Gecilandi recebeu o museólogo Albino Oliveira e a pesquisadora e historiadora Rita de Cássia Barbosa de Araújo. Também estiveram lá, o filho do Mestre, Jaflis Nascimento e o diretor dos Guerreiros do Passo Eduardo Araújo. Os representantes da Fundação colheram informações, fizeram imagens e ouviram a aflição dos familiares sobre o estado em que se encontra os objetos.
Rita e Albino expuseram a estrutura da Fundaj, mencionando quais seriam as etapas colocadas em prática caso a doação fosse concretizada. Uma das preocupações dos familiares é saber se eles teriam autonomia caso precisassem recorrer a alguma parte do acervo para a realização de projetos ou outros trabalhos. Segundo os representantes da Fundação, o contrato de doação pode conter cláusulas que estabeleça a total liberdade da família, se eventualmente ela quiser ter acesso aos objetos. De acordo ainda com os representantes, a visita vai possibilitar a confecção de um relatório que será enviado à diretoria geral da Fundação.

Depois de ouvir os argumentos dos representantes da Fundaj, os familiares eliminaram qualquer dúvida ou preocupação, e prontamente, Jáflis, concordou com a opinião dos técnicos, dizendo que antes de qualquer coisa, seria imprescindível primeiro recuperar os itens do acervo, ao invés de programar alguma outra ação. Eles solicitaram inicialmente, que fosse realizada uma contagem preliminar dos materiais, o que servirá para alimentar o referido relatório.

Para este levantamento, foi realizado outro encontro, no dia 05 de fevereiro, e desta vez foram convocados passistas e amigos próximos para cooperar. Dos que foram convidados, estiveram presentes: Valdemiro Neto, Lucélia Albuquerque, Otávio Bastos, Eduardo Araújo, Gil Silva, Ricardo Brito, Luciano Amorim, Edson Flávio, Jaqueline Veiga, Jaflis Nascimento, Laércio Olímpio e sua esposa Maria Cristina, que se dividiram em equipes com o objetivo de fazer a organização de jornais, fotografias, documentos, troféus, entre outros.
Sabemos que o processo de doação é lento e demorado, mas, já é um grande começo para tentar superar os obstáculos burocráticos e colocar em condições de apresentação, o legado herdado de um dos mais importantes artistas populares do nosso tempo.
Daqui em diante, todo o andamento e as conversas provenientes da doação serão acompanhados pelos Guerreiros, e os desdobramentos gerados, terão espaço para divulgação aqui no site.

Viva o Mestre Nascimento do Passo e sua história.

Guerreiros do Passo é tema de reportagem publicada na Revista LET'S GO Pernambuco

Ano 1 - Nº 7
RITMO EM MOVIMENTO
Bailarinos lutam para manter o frevo como cultura viva. Para isso, fazem releituras da manifestação. 
Por Conceição Ricarte 
Fotos Carlos Vieira 

A primeira coisa que caracteriza o frevo é ser, não uma dança coletiva, de um grupo, um cordão, um cortejo, mas da multidão mesmo, já que a ele aderem todos que o ouvem, como se por todos passassem uma corrente eletrizante. De acordo com o Vocabulário Pernambucano de Pereira da Costa, a palavra frevo, corruptela de “ferver”, significa “efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas como pelo carnaval”.
O ritmo dos metais, uma marcha de ritmo sincopado, violento e frenético, é acompanhado pela multidão, que ferve e ondula nos meneios da dança.

O coreógrafo, pesquisador e professor de frevo Eduardo Araújo tem 36 anos, e aderiu ao ritmo há 20. “Comecei a ter aulas na Escola Municipal de Frevo do Recife, com o mestre Nascimento do Passo (criador da escola e famoso passista, cujo nome de batismo era Francisco do Nascimento Filho. Ele faleceu em 2009, vítima de câncer)”, conta.
“Minha vida se transformou. Passei a viver o frevo e de frevo”, afirma. Ele explica que, como dança, o frevo tem origem nos capoeiras que vinham à frente das bandas, exibindo-se e praticando a capoeira no intuito de intimidar os grupos rivais.
O passo é a dança que se dança com o frevo. “Mas eles não foram os únicos. Os bêbados, desordeiros e prostitutas, quando estavam na folia, embriagados de cachaça, também criavam passos”, relata.

“Os membros de agremiações ligadas a associações de trabalhadores, como lenhadores, ferreiros e varredores de rua, também criavam movimentos e acabavam por batizá-los com nomes como Tesoura, Dobradiça, Ferrolho”. Quando Nascimento do Passo foi afastado das funções de professor da escola, Eduardo se uniu a quatro amigos para dar continuidade aos ensinamentos do mestre. E assim surgiu o projeto Guerreiros do Passo, que dá aulas de frevo todos os sábados, a partir das 15h na Praça Tertuliano Feitosa, mais conhecida como Praça do Hipódromo, no Recife.
“Só paramos durante a quaresma e no período de chuva, em junho, julho”, garante. O grupo, formado por cinco professores, conta com aproximadamente 25 alunos. “Mas quem quiser é só chegar, as aulas são grátis”, diz o professor e idealizador do Guerreiros. Alunos e professores já se apresentaram em eventos como o Festival Internacional de Dança do Recife, Mostra Brasileira de Dança e Festival de Inverno de Garanhuns. Antes, o projeto mantinha em outras duas comunidades as aulas, mas por falta de apoio, os trabalhos ficaram restritos apenas à praça.

A iniciativa não está ligada a nenhum incentivo institucional público ou privado, sua manutenção é feita pelos professores que arcam com todas as despesas do trabalho. “Procuramos conseguir todas as formas de apoio público para nossas aulas, mas é difícil”, diz Araújo. “O frevo é patrimônio imaterial brasileiro desde 2007”, argumenta.
Além de lutar para manter as aulas, o grupo busca preservar uma das características mais fortes do ritmo desde seu surgimento: o improviso. “Está havendo uma padronização da dança, todo mundo faz os mesmos passos, do mesmo jeito. As apresentações são todas iguais. Nossos alunos aprendem a interpretar os movimentos de uma forma pessoal, sem engessamento”. O Guerreiros volta às origens dessa dança que é a mais característica do Recife, e já possui 104 anos, em outros dois aspectos: a sombrinha e o figurino.

Evolução da Sombrinha
Elemento complementar da dança, a sombrinha é símbolo do frevo e auxilia os passistas em suas acrobacias. Em sua origem, não passava de um guarda-chuva conduzido pelos capoeiristas pela necessidade de tê-la na mão como arma para ataque e defesa, já que a prática da capoeira estava proibida.
Com o decorrer do tempo, esses guarda-chuvas foram sendo transformados, acompanhando a evolução da dança, para converter-se, atualmente, em uma sombrinha pequena de 50 ou 60 centímetros de diâmetro.
“Desde o Frevo (espetáculo montado pelo grupo em 2006, que mostra a história do frevo) começamos a usar guarda-chuvas no lugar de sombrinhas. Acabamos nos acostumando, e retomamos seu uso na nossa dança”, fala Eduardo. No lugar das roupas coloridas do cetim, trajes dos anos 40 e 50.
“Nessas décadas, as pessoas saiam do trabalho e iam para a rua brincar o carnaval. Queremos mostrar que não é preciso nenhuma roupa especial nem nada do tipo para dançar frevo, basta querer”.
Guerreiros do Passo dão aulas de frevo aos sábados, a partir das 15h, na Praça Tertuliano Feitosa
(Foto do acervo do grupo, modificada com relação à publicada na Revista)

Passos do Frevo
Os passos do frevo nasceram da improvisação individual dos dançarinos, e com o correr dos anos, dessa improvisação foram adotados certos tipos ou arquétipos de passos. Existe um número incontável de passos ou evoluções com suas respectivas variantes. Entre os movimentos básicos mais conhecidos estão a Dobradiça, a Tesoura, a Locomotiva, o Ferrolho e o Parafuso.

DOBRADIÇA Flexiona-se as pernas, com os joelhos para frente e o apoio do corpo nas pontas dos pés. Corpo curvado para frente realizando as mudanças dos movimentos: o corpo apoiado nos calcanhares, que devem estar bem aproximados um do outro, pernas estendidas, o corpo jogado para frente e para trás, com a sombrinha na mão direita, subindo e descendo para ajudar no equilíbrio. Não há deslocamentos laterais. Os pés pisam no mesmo local com os calcanhares e pontas.

TESOURA Passo cruzado com pequenos deslocamentos à direita e à esquerda. Pequeno pulo, pernas semiflexionadas, sombrinha na mão direita, braços flexionados para os lados.

LOCOMOTIVA Com o corpo agachado e os braços abertos para frente, em quase circunferência e a sombrinha na mão direita, dão-se pequenos pulos para encolher e estirar cada uma das pernas, alternadamente.

FERROLHO Como a sapatear no gelo, as pernas movimentam-se primeiro em diagonal (um passo) e depois seguem para flexão em meia ponta, com o joelho direito virado para a esquerda e depois para a direita. Repetem-se os movimentos, vira-se o corpo em sentido contrário ao pé de apoio, acentuando o tempo e a marcha da música. Alternam-se os pés, movimentando-se para frente e para trás, em meia ponta e calcanhar; o passista descreve uma circunferência.

PARAFUSO Total flexão das pernas. O corpo fica, inicialmente, apoiado em um só pé virado, ou seja, a parte de cima do pé fica no chão, enquanto o outro pé vira, permitindo o apoio de lado.

Confira a versão eletrônica da Revista clicando aqui.
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A Revista Let's Go

A publicação da editora Denver preza pela qualidade gráfica e apresenta um design leve, moderno e elegante. Possui conteúdo informativo, que retrata em alto estilo e bom gosto o que os estados da Bahia e de Pernambuco têm de melhor. Desde 2009, circula na Bahia e a partir de novembro de 2010 ganhou sua versão em Pernambuco.

Distribuição: Em toda a região de Pernambuco, Bahia e São Paulo.
Periodicidade: bimestral
Público alvo: Classe A e B

Aos Guerreiros do Passo

Mensagem recebida por e-mail, logo após a participação de dois integrantes do grupo Guerreiros do Passo num programa da Rádio Universitária FM em 02/02/2012

Luiz Guimarães
Caro Eduardo
A emoção me fez escrever esse breve relato. Caso se enquadre nas publicações do Guerreiros, fique a vontade para inclui-lo no Site.
Luiz Guimarães

GUERREIROS DO PASSO
A Pracinha do Diário já fez a sua bela e rica história com o nosso frevo. Os tempos mudam, os locais que o povo hoje frequenta também foram alterados e temos agora mais recentemente um novo reduto do frevo - o Hipódromo.

É lá que os Guerreiros do Passo levantaram a nova trincheira para preservar e perpetuar o frevo pernambucano.
Com desprendimento e entusiasmo lá estão nos sábados à tarde a turma aguerrida, dedicada e destemida, dando aulas e verdadeiros shows de frevo e passo – uma dupla infernal – que abrilhanta o nosso carnaval. Sem apoio algum, mas com espirito de luta e alma pernambucana eles são os abnegados que lutam e sobrevivem onde a arma utilizada é o frevo...
Não precisam de outros instrumentos a não ser aqueles que tocam a nossa música maior e que honra o Recife como a Capital do Frevo. Parabéns a todos os Guerreiros e seguidores. É assim que se faz história! É assim que perpetuamos nossas tradições! Sigam em frente, pois, o frevo não pode parar.

Luiz Guimarães Gomes de Sá
É membro da Academia Pernambucana de Música

Guerreiros do Passo na Rádio Universitária FM

Dirigentes do grupo estiveram no programa Carnaval 2012 da Rádio Universitária FM.
No estúdio da Universitária FM: Hugo Martins à esqueda,
Eduardo Araújo ao fundo, ladeado pelo compositor
Geraldo Silva, Lucélia Albuquerque e da produtora Miriam Leite
A visita foi uma solicitação da produtora do programa Miriam Leite, que deu a ideia para o apresentador e radialista Hugo Martins entrevistar alguns integrantes do grupo Guerreiros do Passo, motivada pela repercussão da apresentação no Clube Náutico Capibaribe (dia 27 de janeiro), onde mais uma vez, os dançarinos chamaram bastante a atenção no ensaio do Bloco da Saudade.

Os representantes Eduardo Araújo e Lucélia Albuquerque mencionaram a apresentação no Clube, e trouxeram outras informações sobre as pesquisas, atividades e sobre a montagem do espetáculo do grupo. O compositor Geraldo Silva fez a apresentação dos Guerreiros, e falou da alegria e da satisfação de ser amigo deles.

Na ocasião, os ouvintes puderam apreciar o frevo de rua Dona Lucélia, homenagem à personagem que Lucélia faz nas apresentações do espetáculo, de autoria de Geraldo Silva. Ainda no momento das entrevistas, foram ouvidos mais dois frevos de rua: Indecente e Estrela de Fogo, ambos também de Geraldo Silva. O programa comandado pelo ilustre Hugo Martins está sendo levado ao ar de segunda a quinta das 9:00 até às 11:30 da manhã, e na sexta das 14:00 às 16 horas. Sintonize a emissora em 99.9 FM.