NAS AULAS DOS GUERREIROS A GRANDE ESTRELA É O FREVO!

Veja algumas imagens e tire suas próprias conclusões.

UNIÃO ENTRE PASSISTAS, É POSSÍVEL?

OPINIÃO. Fala-se muito da necessidade de ver um dia a tão esperada união entre os passistas de frevo.

A FORÇA DA CAMISA AZUL

Nas aulas do Projeto Frevo na Praça, já foi possível observar que os professores dos Guerreiros do Passo, utilizam nos seus encontros semanais no bairro do Hipódromo...

MAX LEVAY REGISTRA OS GUERREIROS DO PASSO

O pernambucano Max Levay, profissional de reconhecido talento da arte da fotografia, fez um bonito registro dos Guerreiros do Passo no último mês de março. O artista produziu...

FOCO NO APRENDIZADO

Hoje em dia a busca por um melhor condicionamento na arte desenvolvida pelos famosos passistas de frevo, tem levado alguns praticantes a sair por ai pulando de aula em aula...

News - Guerreiros pretendem retornar às atividades abertas ao público ainda este ano/ Este site vai entrar em manutenção.

Frevo invade a Praça do Hipódromo em plena quarta-feira

Mais um encontro festivo com a dança pernambucana comandado pelos Guerreiros do Passo. O pretexto desta vez, foi a inauguração nesta quarta-feira, dia 31 de outubro, das reformas realizadas pela Prefeitura do Recife na Praça do Hipódromo.
O local, que já abriga tradicionalmente aos sábados as oficinas do grupo, viu novamente o seu espaço sendo tomado pelos amantes do frevo e pelos integrantes da Academia da Cidade. O número significativo de participação reforçou o contingente carnavalesco, e todos em seguida, puderam degustar um saboroso coquetel oferecido nas novas dependências do local.

TURMA BOA DO FREVO

Depois da interrupção da semana anterior, os participantes do Projeto Frevo na Praça retornaram neste último sábado, dia 27 de outubro, à prática das atividades dos Guerreiros do Passo no bairro do Hipódromo. Mais um grande público, num espaço cultural que está se tornando cada vez mais indispensável para os foliões e amantes do passo pernambucano.

FUNCULTURA aprova projeto dos Guerreiros do Passo

 
Escutaram nossas preces, ouviram nossas queixas, sentiram nossas angustias. Até que enfim o bom senso imperou. O trabalho esmorecido será aliviado. A folia carnavalesca poderá agradecer, inspirará novas iniciativas, soerguerá novamente a altivez de um grupo.

Por um momento o desamparo notório do passo desaparecerá. A justiça se fez. O apoio para quem realmente precisa de ajuda aconteceu. O Frevo poderá respirar um pouco mais forte e a dança pernambucana terá por um período um sopro de vivacidade. Foi reverenciada finalmente a nossa cultura. É isso mesmo minha gente, os GUERREIROS DO PASSO FORAM CONTEMPLADOS PELO FUNCULTURA.

ALELÚIA!!!

Festival Internacional de Dança do Recife atropela atividades dos Guerreiros do Passo

Projeto Frevo na Praça será interrompido no sábado dia 20 de outubro

O Festival da Prefeitura do Recife que este ano está na sua 17ª edição, programou uma oficina de dança no mesmo dia e horário em que os professores do Guerreiros do Passo realizam seus trabalhos na Praça Tertuliano Feitosa, no bairro do Hipódromo.
O fato lamentável, demonstra pouca ou nenhuma consideração do festival com a história do grupo, que mantém há mais de sete anos no local seus encontros com oficinas de frevo. O sábado, dia 20 de outubro, entrou na programação, sem ao menos ter ocorrido um comunicado aos instrutores do projeto.

Sabe-se que os Guerreiros do Passo não são os donos da Praça, mas acredita-se que poderia ter havido uma melhor articulação por parte dos responsáveis pelo evento para evitar o choque das atividades. Não cremos numa simples falta de informação, pois o grupo participou deste mesmo Festival por três anos consecutivos, tendo o espaço e os horários, estando também na programação.

Não se quer com este texto vitimizar o grupo e nem impedir as atividades do Festival, tão pouco diminuir o trabalho do artista responsável pela oficina. Apenas compreende-se que eles, (organizadores) poderiam ter evitado essa “coincidência”.

Às vezes, perguntam por que a fala dos Guerreiros é tão contundente. É nessas ocasiões que fica claro a falta de respeito e o tamanho das instituições públicas perante a existência dos pequenos grupos culturais da nossa cidade. A relação do maior X menor nunca foi tão impetuosa. Passam por cima, esmagam o trabalho alheio, como se fosse uma história escrita numa folha de papel rasgado. Já não basta a falta de apoio?

Tudo bem! Deixemos então o espaço livre para a Prefeitura e à disposição do Festival. No dia 20 de outubro não serão realizadas as atividades do Projeto Frevo na Praça.
As oficinas retornam normalmente no dia 27.

A eleição no Recife e o Frevo

ARTIGO 
Antecipadamente gostaria que ficasse claro aqui que não irei defender esse ou aquele partido, e muito menos insinuar o apoio particular a qualquer político.
Ultimamente, tem-se falado muito da importância dessa ou daquela legenda em estar à frente da Prefeitura, e do risco do candidato A ou B em assumir o executivo municipal.
A ocorrência da presumível mudança, talvez gere um desconforto inconsciente pela possibilidade da descontinuidade das ações eleitoreiras tanto propagadas. Não creio que isso seja um ameaça. Até porque a permanência desta gestão não impediu absurdos realizados no período em que ela está na direção. Fala-se de suporte aos morros, ao mesmo tempo em que se registra quase 3000 mil pontos de risco na cidade. A Saúde não existe, e isso pessoalmente tenho comprovado nos últimos meses. A educação é uma das piores do país, sem contar o grande caos que tem se tornado o trânsito do Recife. Mesmo assim, eles insistem em se manter no poder, inclusive, brigando internamente para isso acontecer.

Na área cultural, especificamente na que tenho atuado, na dança, especialmente, no Frevo, pouco ou absolutamente nada foi feito de significativo nos últimos anos. Não menciono 20 ou 30 anos atrás, até porque não tinha uma convivência profissional com o ritmo nesse tempo, e mesmo assim, ainda não havia nessa época uma política pública do setor.

Hoje é tudo diferente, vivemos num momento de grande articulação social e de diversas redes culturais coletivas. E o que sentimos atualmente na pele, é o mesmo descaso repetido há quase dez anos ininterruptamente com a nossa dança. Não falo da dança contemporânea, balé, movimentos ou conceitos experimentais. Falo sim, da dança popular, do frevo do passista de rua, daquele que há tempos é visto como acessório carnavalesco das mídias, propagandas e discriminado pelo frevo musical burguês. E não venham me dizer que algumas pessoas não podem reclamar porque não se interessam e nem se fazem presentes em fóruns ou reuniões da classe. Como se isso justificasse, por exemplo, as discrepâncias dos pagamentos atrasados dos artistas locais perante o tratamento dispensado aos que vêm de fora. E pelo que sei, a condição privilegiada desses que vem de fora, não foi conquistada em reuniões presenciais nos fóruns locais. O que noto de fato, é um constante blá, blá, blá e pouca coisa verdadeiramente realizada em prol de nossos artistas.

Em meio a tanta gente “articulada” e “interessada”, peço que apontem uma melhoria advinda das políticas públicas para a dança.

Vejo sim, muita gente tomando proveito de uma condição para amarrar contatos e amizades, reforçando futuros apoios ou facilitações para seus projetos pessoais e de grupos. Muita gente interessada em convencer adeptos do setor para engrossar o cordão de forças para lutar simplesmente por uma identificação sólida de uma caritativa imagem de âmbito profissional. Por favor, não me forcem a dizer nomes, não quero ampliar o conceito de grupo “queimado” que os Guerreiros do Passo têm no Recife. Não posso falar sobre ninguém, apenas menciono aquilo que eu e meus amigos de luta temos visto e enfrentado na militância cultural.

Ora, não é preciso ser um expert, para saber que o apoio ao frevo vai muito além de contratar shows pirotécnicos para o Marco Zero e disponibilizar recursos milionários a escolas de Samba para homenagear o ritmo em outro estado. E quantos projetos aprovados em editais alterou o julgamento que temos sobre a precariedade e o descaso com o passista e sua dança?
É preciso dá o real suporte aos autênticos fazedores, e não apenas realizar arrastões multiculturais ou instituir novas denominações como “detentores” para valorizar nossos artistas.

Por outro lado, é preciso criar uma consciência entre nós, passistas, que só conseguiremos melhorias profissionais, se deixarmos de nos vender por roupas coloridas de cetim ou por apresentações de 20 e 30 reais. Ainda somos considerados indivíduos com força cultural medíocre e sem fala relevante para tentar influenciar o campo da dança. Só quem é ouvido, são os nomes tradicionais e graúdos da cidade. Até porque, quando esses decidem falar, o terror toma conta das diretorias das secretarias de cultura e das redações dos jornais com colunas de arte. Vai dizer que fulano ou sicrano não terão seus projetos aprovados ou estão insatisfeitos com alguma coisa... o bicho pega! E nenhum representante público gostaria de saber que seu “competente” nome está ligado às críticas dos profissionais da esfera em que ele atua.

Acho que chegou a hora de mudar, e um dos pilares esperançosos da mudança é a democracia, a alternância de comando, que além de ser vital ao processo, é, sobretudo, saudável para qualquer sistema político de um país sério.

Não podemos mais assistir a arrogância quando visitamos repartições e departamentos da Prefeitura, observando gente se achando donas da cultura e tendo a certeza que quem manda são elas. Chega! Estas pessoas poderiam refletir sobre o que é servir ao povo, e não transformar a prefeitura em uma entidade afável do prazer alheio e estrangeiro. Cabide! Isso, cabide de emprego é o que mais se vê. Líderes comunitários e culturais cada vez mais cooptados e atrelados a esquemas de bases de votos de indivíduos humildes e de instituições ligadas aos ciclos culturais nas periferias. São com coisas assim que eles conseguiram se manter no poder até agora.

E o que vai acontecer se não mudar a gestão? Não sei. Pra mim não importa qual o partido e quem será o novo dirigente. Apenas acredito que poderíamos ter outro pensamento para a valorização de nossa cultura. Uma grande revolução começa por pequenas ações, e um governo que não respeita sua tradição e a cultura principal de seu povo, não pode ser um bom administrador em outras áreas. O resultado está ai, mostrado pela rejeição dos atuais dirigentes. Depois, se mesmo assim nada mudar, pelo menos teremos a consciência que tentamos fazer algo diferente.
Evoé!
Eduardo Araújo