News - Guerreiros pretendem retornar às atividades abertas ao público ainda este ano/ Este site vai entrar em manutenção.

Origem do grupo

Sem ainda ter a denominação atual, nos moldes e características que conhecemos hoje, o grupo Guerreiros do Passo começou a ser formado em meados de 2005. Na época, os criadores eram professores da Escola Municipal de Frevo do Recife, discípulos do Mestre Nascimento do Passo, que, por uma decisão lamentável, foram retirados de suas atividades na Escola por determinação da diretora do estabelecimento.
 
O afastamento, segundo comunicado da dirigente na época - e que aqui nos reservamos em não citar o seu nome -, foi motivado por ordens dos responsáveis pela Fundação de Cultura do Recife, e tinha a ver com a "reformulação pedagógica" que o estabelecimento estava passando naquele momento. Segundo ela, não cabia mais utilizar o Método de ensino do Mestre, por conseguinte, seus discípulos, instrutores e alunos, também estariam inviabilizados de frequentá-la.
No dia 12 de abril daquele ano, os alunos organizaram uma pequena manifestação, convocaram a imprensa e tentaram mobilizar a opinião pública para a importância dos acontecimentos. Como consequência, mandaram chamar a Guarda Municipal para deter os alunos que pretendessem entrar na referida Escola. (Este fato foi noticiado na época em jornais e na TV). Quando a Guarda chegou trazendo dois representantes da Prefeitura, a imprensa já estava presente no local, e a agitação de alguns passistas chamou a atenção na ocasião.

Reconhecendo os equívocos, e preocupados em amenizar os ânimos, os representantes da Prefeitura prometeram realizar reuniões com os ex-alunos, onde, logo depois, ficou acertado que eles receberiam um horário especial e frequentariam o lugar em dias preestabelecidos. A permanência dos passistas na escola a partir dos acordos anteriormente acertados, durou aproximadamente 1 ano, porém, o sentimento que restou foi a sensação de inviabilidade e falta de estímulo, dando a entender que eles estariam ali de forma forçada, sendo verdadeiros intrusos a tomar o lugar de outros possíveis participantes. Em maio de 2006, os responsáveis pelo horário entregaram um documento à direção, comunicando que deixariam o lugar.
A saída desses professores quase que estagnou as ações voltadas para o ensino da metodologia do Mestre Nascimento do Passo na cidade, já que na escola, o Método, em sua forma original era cultivado graças a estes abnegados profissionais, que, com muito esforço e dedicação, mantinham o ensino dessa técnica importantíssima para a dança do frevo.

Imbuídos pelo espírito de resistência e pela consciência da necessidade de manter vivo o trabalho herdado do seu Mestre, os seus seguidores resolveram não esmorecer diante dos episódios de discriminação e partiram para ocupar espaços públicos, aventurando-se pela sobrevivência de sua arte e da história cultural do Mestre. A partir dai, deu-se início aos encontros com oficinas de dança realizadas em espaços públicos nas cidades de Olinda e Recife. A Praça do Hipódromo foi um dos lugares escolhidos, e que anos depois permaneceu como o espaço principal de atividades do grupo.

A ORIGEM DO NOME
“Guerreiro” era uma designação usada espontaneamente entre os fundadores do grupo quando os mesmos ministravam aulas na conhecida Escola Municipal de Frevo do Recife. Após o período do carnaval, os poucos alunos que frequentavam o lugar eram espontaneamente chamados de “Guerreiros”. A denominação não direcionava-se a alguma pessoa em especial, e sim, pela atitude e disposição de alguém querer fazer o passo mesmo já tendo passada a euforia momesca.
A expressão carrega no seu significado a consciência de que é preciso ouvir, praticar, ensinar, enfim, vivenciar o frevo durante o ano inteiro.
Com a saída dos professores da referida Escola ainda em 2005, eles começaram a utilizar o nome então criado, dando inicio as aulas em espaços públicos, focalizando principalmente ambientes como ruas e praças. Começava a se expandir neste momento o grupo Guerreiros do Passo.

LOGOMARCA
A identidade visual do grupo apresenta os símbolos e as cores que reúnem conceitos modernos da arte visual e aspectos característicos do autêntico frevo pernambucano. A aparência inovadora, traz na sua feição a marca da qualidade no fazer cultural dos Guerreiros, concebida através de um profissional experiente e reconhecido do designer gráfico pernambucano. Jorge Hopper, diretor de criação da Agência Iris, soube exprimir de forma apropriada os elementos que em conjunto refletem a originalidade e toda a energia do grupo com a dança pernambucana, sem alterar em nada a hegemonia dessa turma boa que diariamente vem carregado nas veias o amor pela cultura principal do nosso povo. Os tons escolhidos para representar a marca são o azul e o branco. Segundo o seu criador:
“A intenção é que, ao se olhar a marca, se tenha a impressão de ver o frevo acontecendo, o passista que se destaca, a multidão aglomerada e a “algazarra” nas ruas. Quase como se fosse possível ouvir um frevo ao observá-la.
A fluidez do conjunto só é interrompida pelo desenho da vinheta que faz às vezes de sombrinha. A ideia aí é destacar um elemento gráfico existente no piso da Praça do Hipódromo, a origem do grupo, o seu berço, a sua base. A sombrinha é, portanto, o “brasão”, o selo de originalidade dos Guerreiros do Passo.”

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