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A bagunça continua imperando no concurso de passistas do Recife

Para aqueles que não têm o costume de observar as perspicazes resoluções da tal Secretária de Cultura, não percebeu que houve uma ligeira reformulação no Concurso de Passistas de 2014. É, é verdade! A divulgação ocorreu neste dia 07 de janeiro, e confirmada pelo Diário Oficial do Município, disponível na internet. É uma baboseira atrás da outra. Gostaria de saber quem é a mente brilhante que está por trás desse famigerado Concurso de Passistas. E olhe que esta informação ainda vai ser noticiada na imprensa, ou talvez não, como diria o famoso Veloso. Mas, vamos lá para a grande novidade: Os recursos para o Concurso de Passistas DOBROU DE VALOR! Olha que coisa boa... O que antes os valores disponibilizados ficavam em torno de 5.500,00 reais, chegou agora ao montante de R$ 11.000,00. Que maravilha! Isso que é uma gestão preocupada em valorizar o frevo.

Ai você pergunta: como, e por que foi aumentado o valor dado aos dançarinos? Será que reintegraram as categorias anteriormente excluídas? Ou relocaram recursos de outras áreas para o concurso? Nada disso, tudo continua como antes, mas, com uma grotesca diferença. Os “inteligentes” da Fundação de Cultura esqueceram que no concurso também haveria a participação do gênero feminino na disputa. É verdade! Dá para acreditar nisso??? Eles nem perceberam que as categorias femininas estavam fora da disputa. É isso mesmo. O valor aumentou simplesmente pela inclusão das mulheres no concurso. E eles nem sequer foram capazes de observar tal aberração. Logo após da besteira feita, mandaram uma retificação para o edital lançado e publicaram no Diário do Município.

Pois bem, fiquem sabendo agora que tudo continua como antes, assim como foi divulgado aqui no blog, porém, com a inclusão do gênero feminino na disputa. É brincadeira...

É um assombro! Eu acho é pouco, enquanto têm passistas por ai querendo chamar a atenção com asneiras na cabeça, preocupados mais com suas “pintas”, a desgraceira continua imperando no centro. Esse é o reflexo de uma classe que olha apenas para seu umbigo e que não está nem um pouco preocupada com os desmandos dos gestores públicos. Ai alguém pode dizer: “Eita! Esse cara agora ta querendo colocar em nós a culpa disso tudo”. Talvez não seja toda a responsabilidade, mas uma representação de nossa inércia cultural, sim. Alguém duvida que só depende de nós modificar isso?

Estimulei num artigo anterior a realização de um boicote no Concurso de Passistas deste ano, imaginando que os organizadores olhassem para o problema e tentassem mudar algo, entretanto, parece que ninguém quer saber disso, com exceção de um ou dois colegas que se colocaram à disposição, no entanto, todos os outros estão preocupados em fazer apenas suas exibições de “pernão” e escancarar no palco armado suas caras congeladas, como fossem máscaras emolduradas de sorrisos falsos. Fica o alerta. Vamos ser mais práticos, por favor...

4 comentários:

  1. O boicote seria uma emblemática resposta a estas claras demonstrações de desrespeito aos passistas... Além de terem relegado os passistas da categoria pré-mirim, máster e folião, o que é um absurdo, pois é onde se vê o passo com o mínimo de vícios e modismos... É onde se vê o passo mais próximo ao brincar para si, e mais distante do exibicionismo apenas. Além de terem reduzido a zero o mísero valor pago às categorias mirim e infantil do concurso. Esqueceram literalmente a classe feminina, que é enorme dentro do concurso... É, realmente o Concurso de Passistas 2014 virou um circo dos horrores, uma bizarrice absurda onde os que se dizem passistas e se respeitam e respeitam a dança do frevo deveriam se unir, ninguém se inscreve e se se inscrever o fará em forma de protesto... Porém, entre a luta para uma conquista futura de todos e os aplausos imediatos para o afago de seus exacerbados egos, o que os passistas escolherão??? E o frevo outra vez é quem paga o pato... e o Concurso de Passistas, dantes consagrando os exímios representantes do passo, esse ano coroará quem não se importa com ele.

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  2. Só estar faltando a secretaria de cultura do Recife convidar a ORQUESTRA DE SPOK para tocar os frevos-jazz.Enquanto os passistas serão convidados a escultar com bastante atenção nota a nota do JAZZ AMERICANO. No entanto, um dos critérios a ser adotados será a postura imposta por público de TEATROS. É ver, ouvir e ao término de uma música, um elegante aplauso. Quero também lembrar que o júri será composto por vários ZÉS DA FLAUTA. Outro detalhe: controle os seus pernões, improvisos, mugangas e paços de frevo. E tem mais o figurino do passista tem que ser de acordo c/ a orquestra, paletó, gravata, etc...

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  3. Aos que não entenderam a colocação que fiz em outro texto quando falo dos "artistas anônimos" citados no Diário Oficial, quando da convocação do Concurso de Passistas 2014, esclareço: No referido concurso uma das principais exigências é a documentação do passista (RG. CPF, comprovante de residência), sendo assim quem se inscrever não será um "anônimo", quando subir ao palco será chamado seu nome e ele subirá fazendo o seu passo. O frevo em seu embrião é siamês, música e passo se fazendo juntos, e a criação/evolução de sua dança é de caráter múltiplo, a massa dança e na "onda" os movimentos vão/foram se formando, com a contribuição também de grandes passistas que criaram movimentos a partir de sua atuação dentro do universo do frevo, em especial, dentro dos Concursos de Passos nos tempos áureos dos famosos passistas Coruja, Sete Molas, Nascimento do Passo, e outras tantas personalidades não anônimas do frevo. Foliões anônimos existem vários e graças a Deus, são eles que reverberam o verdadeiro passo, sem modismos e clichês. Mas, uma vez inscrito num concurso de Passistas, e foi isso que eu disse, não se é mais anônimo, se é um passista, um artista, alguém com nome e sobrenome e que está ali para defender a dança do frevo e deve ser respeitado tal. Não um “anônimo”.

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  4. as criança da escola de frevo maestro borje não gostaram dessa mudança

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