NAS AULAS DOS GUERREIROS A GRANDE ESTRELA É O FREVO!

Veja algumas imagens e tire suas próprias conclusões.

UNIÃO ENTRE PASSISTAS, É POSSÍVEL?

OPINIÃO. Fala-se muito da necessidade de ver um dia a tão esperada união entre os passistas de frevo.

A FORÇA DA CAMISA AZUL

Nas aulas do Projeto Frevo na Praça, já foi possível observar que os professores dos Guerreiros do Passo, utilizam nos seus encontros semanais no bairro do Hipódromo...

MAX LEVAY REGISTRA OS GUERREIROS DO PASSO

O pernambucano Max Levay, profissional de reconhecido talento da arte da fotografia, fez um bonito registro dos Guerreiros do Passo no último mês de março. O artista produziu...

FOCO NO APRENDIZADO

Hoje em dia a busca por um melhor condicionamento na arte desenvolvida pelos famosos passistas de frevo, tem levado alguns praticantes a sair por ai pulando de aula em aula...

News - Guerreiros pretendem retornar às atividades abertas ao público ainda este ano/ Este site vai entrar em manutenção.

Guerreiros na expectativa para 2015

Os Guerreiros do Passo atualmente estão em recesso por conta das festividades de final de ano. Mas a parada será bem rápida. Na quarta, dia 07 de janeiro, o grupo já estará de volta revigorado e com pique total para fazer uma verdadeira festa no período que antecede o carnaval 2015. A Praça vai ferver!!!
O ano que se aproxima promete ser bastante movimentado para os Guerreiros, e como aconteceu em 2014, grandes conquistas prometem agitar os envolvidos do projeto. Claro, sempre levando em consideração que o trabalho deve ser com seriedade, ética, resistência e muito amor a cultura pernambucana, pois, nada que desejamos na vida se realiza sem esses princípios fundamentais. Enquanto isso, vamos organizando e programando um ano novo maravilhoso. Avante guerreiros!!!
A Direção.


Último encontro de 2014

Neste sábado os Guerreiros estão encerrando suas atividades de 2014. Além da aula habitual, vamos seguir com a demonstração completa dos movimentos pesquisados no Projeto Laboratório do Passo, ação que o grupo implementou durante o ano, e que se tornou um marco na salvaguarda do frevo. Daremos uma parada nas pesquisas, e em 2015 retomaremos normalmente com as atividades. É  hora de fechar as sombrinhas e preparar as canelas para as prévias e o próximo carnaval. Mas antes de qualquer despedida, ainda dá tempo para você participar de mais um encontro animado com essa turma boa do passo e desejá-los boas festas, paz, saúde e um ano novo iluminado. Os Guerreiros do Passo iniciam a aula a partir das 15 horas.

Laboratório do Passo volta a acontecer no mês de dezembro

O ano vai terminando, mas ainda há tempo para os amantes do frevo se encontrarem com as pesquisas realizadas pelos Guerreiros do Passo no seu Projeto Laboratório do Passo. E desta vez será especial. Vamos fazer uma retrospectiva das atividades já realizadas até agora, exibindo todos os passos trabalhados pelo grupo em 2014.
Será a oportunidade para aqueles que não puderam participar de todos os encontros durante o ano, terem o acesso aos estudos, e também, a ocasião para os participantes vivenciarem na prática os movimentos analisados nesta primeira etapa do projeto.

Nos sábados 13 e 20 de dezembro o grupo de professores/pesquisadores irão apresentar os seguintes movimentos: Currupio, Aleixado, Enxada; Chave de cano, Ponta de pé e calcanhar embaixo, Abanando o fogareiro, Alicate, Passo do Capoeira (Corta capim), Passo do Pião, Coice de Cavalo, Passo do Canguru e Cortando Jaca.

Os encontros nos dois sábados acontecerão na Praça do Hipódromo, sempre às 15 horas. O Laboratório do Passo tem o incentivo do Governo do Estado através do FUNCULTURA.

Projeto é lançado com símbolos da cultura pernambucana

O Projeto Pernambuco - Cultura em Símbolos lançado recentemente pelo designer Jorge Hopper e que recebe incentivo do Funcultura, visa difundir a cultura do estado com um conjunto de símbolos gráficos das manifestações culturais de Pernambuco, disponibilizados de forma livre e sem custos.

Com a intenção de instrumentalizar os produtores e fazedores artísticos, o projeto, entre outras coisas, tem o interesse de aproximar os agentes que consomem, produzem e divulgam nossa arte, de elementos representativos da cultura local. São 78 ícones divididos em três temas: Carnaval, Junina e Diversidade, estando disponíveis para download no site do projeto.
Nós que fazemos parte de uma instituição que teve o privilégio de receber uma identidade visual criada especialmente por Jorge Hopper, seremos os principais consumidores do produto e vamos incorporá-lo nas publicações e peças de divulgação do grupo. E convenhamos, o projeto já nasceu com a cara dos Guerreiros do Passo. Evoé!!!

Frevo, a grande festa popular

Já é uma constatação que o Projeto Frevo na Praça do Grupo Guerreiros do Passo vem se consolidando no Recife como uma iniciativa artística integradora de foliões, passistas e o público em geral, numa energia apaixonante que carrega na intenção a força tradicional da cultura popular. Também é perceptível que as pessoas mesmo quando não estão participando diretamente das aulas do projeto, ainda assim, elas trazem seus bancos, cadeiras, sentam na grama da praça, e da mesma forma prestigiam o trabalho do grupo, que virou uma atração semanal no bairro do Hipódromo. E neste final de semana não foi diferente. Além dos passistas habituais, os Guerreiros receberam também alguns alunos do Curso de Pós-graduação em Cultura Pernambucana da Faculdade Fafire, sob orientação da Profª Flávia Pinheiro. Aproveitamos para reafirmar aqui, o convite à todos para igualmente fazerem parte dessa grande festa da folia pernambucana. Participe, É Grátis!!!

Primeira execução do Frevo em homenagem aos Guerreiros do Passo

Finalmente disponibilizamos aqui a primeira audição do frevo de rua em homenagem ao grupo Guerreiros do Passo.
Foi lançado recentemente na cidade, o mais novo frevo de rua do Recife. A belíssima composição de autoria de Geraldo Silva, e arranjos do saudoso Edson Cunha, o frevo Guerreiros do Passo reúne simbolicamente em seus acordes toda a trajetória artística do grupo, e na sua esplêndida construção melódica, a notável caracterização sentimental que envolve o espírito cultural dos Guerreiros.

O frevo, segundo o autor, é um tributo aos dançarinos do grupo, que assinalam sempre nas suas apresentações, "o resgate do verdadeiro carnaval de Pernambuco”. A composição instrumental já tinha sido criada há alguns meses, mas, foi devidamente guardada para ser entregue no momento propício. Em seguida, a música foi oferecida ao Maestro Oséas para a sua execução no dia 31 de outubro de 2014. Uma maravilha! Para nós que fazemos parte da troça O Indecente e do grupo Guerreiros do Passo, ficamos imensamente orgulhosos por receber a célebre homenagem do amigo Geraldo Silva.

Geraldo é um compositor da atual da safra de bons compositores carnavalescos do Recife, inclusive, com inúmeros frevos gravados. Ele compôs anteriormente duas outras obras em alusão ao trabalho dos Guerreiros, ambas já gravadas em CD, são elas: Indecente, de 2009, em homenagem a Troça Carnavalesca Mista O Indecente e Dona Lucélia, de 2010, dedicada à personagem que a professora e passista Lucélia Albuquerque desenvolve no grupo. E agora, o mais recente intitulado Guerreiros do Passo. A gravação do vídeo foi realizada no Grêmio Musical Henrique Dias, em Olinda. A Orquestra do Maestro Oséas, como sempre acontece, foi a responsável pela execução primeira da música. De agora em diante, o frevo será integrado ao acervo da Troça O Indecente, e no próximo carnaval de 2015, a composição fará parte do repertório musical da agremiação no seu desfile pelas ruas do bairro do Hipódromo. Agora, aprecie o vídeo abaixo com o mais novo frevo, GUERREIROS DO PASSO.

Ações do Laboratório do Passo integraram dois finais de semana de atividades no bairro do Hipódromo

Nos sábados 22 e 29, e nos domingos 23 e 30 de novembro o Laboratório do Passo aconteceu com ações no bairro do Hipódromo.
Os Guerreiros do Passo apresentam o resultado de mais uma etapa de suas pesquisas realizadas com o Laboratório do Passo, projeto incentivado pelo Governo do Estado através do FUNCULTURA, que acontece mensalmente no bairro do Hipódromo, Recife. Dois finais de semana com atividades de pesquisas e capacitação em conserto e montagem de sombrinhas de frevo. Disponibilizamos a partir de agora, o relatório final dos trabalhos dessa fase do projeto que culminou no passo do Cortando Jaca. 
Sobre o movimento do Cortando Jaca ou Corta-Jaca, os estudos conseguiram uma verdadeira preciosidade em termos de dança do frevo. Inteiramente desconhecido pelos dançarinos na atualidade, o passo significou um achado histórico. Intrigante o fato de que mesmo existindo algumas referências bibliográficas, não foi possível identificar os motivos pelos quais o movimento tornou-se completamente desconhecido pelos foliões de hoje. Além das citações encontradas em livros e na internet, os Guerreiros se valeram também das imagens de um filme produzido na década de 1952, que dentre suas cenas, exibe num trecho, personagens dançarinos desenvolvendo o ritmo do frevo, onde podemos identificar o aludido movimento. O filme deu a possibilidade de arrematar os estudos com relação ao movimento em questão, fechando um quebra-cabeça delicado que apresentou uma jóia em formato de passo, integrado agora ao vasto repertório coreográfico do frevo. Em muitas referências observamos que o termo Corta-Jaca é análogo a outros movimentos e passos existentes em ritmos brasileiros, como o samba e o maxixe, por exemplo. Ora ele é apresentado como uma dança, ora como um movimento específico e isolado existente dentro de uma dança.

De acordo com o Dicionário da MPB, em link disponibilizado na internet, o passo denominado Corta-Jaca ou Cortando Jaca é uma,
Dança brasileira para se dançar só, que tem como característica os movimentos dos pés sempre muito juntos e a não flexão dos joelhos. Os movimentos de pés dão a impressão de uma faca cortando uma jaca. Apesar de parecer estar deslizando, pode-se perceber o sapateado, que costuma marcar a melodia juntamente com o ponteio das violas. Exige destreza do dançarino por ser de andamento rápido. Os braços do dançarino não têm uma função específica no corta-jaca, ajudando apenas a manter o equilíbrio de quem está dançando. É dança toda baseada no movimento dos pés.

O livro Cantata para o Brasil e Psicologia do Brasileiro de Jacob Pinheiro e Ricardo Paes Barreto, define o passo como “uma dança ginástica, sapateada, individual como os frevos do Recife”, corroborando com a ideia de que o passo é realizado de forma energética e rápida. Segundo o Dicionário do Frevo, “o passista pula, abrindo e fechando as pernas, enquanto acompanha o ritmo da música executada pela fanfarra”, essa referência leva a entender que o movimento sai do chão, porém, não encontramos nos registros visuais algo semelhante, podendo-se configurar ou como uma variante do passo, ou mesmo a interpretação dada pelo autor que o descreveu. Porém, foi na descrição do Dicionário das Manifestações Folclóricas de Pernambuco, de Yaracylda Farias Coimet, que começamos a nos aproximar da execução do movimento. Nesta obra, a autora menciona que o Cortando Jaca, assemelha-se a um movimento da dança clássica. Segundo ela, o Cortando Jaca é um “Passo do frevo que parece com o da dança clássica, “chassé”, o que sugere o vai-e-vem do cortar jaca (o fruto) com os pés”.

Na Dança Clássica a definição do “chassé”, diz que “é um passo no qual um pé lateralmente caça o outro para fora da sua posição”. Em outra definição, o chassé é descrito como “um passo deslizado. A perna desliza para fora; colocando o peso na perna de trabalho e tirando a outra perna para andar junto a ele. Um pé literalmente persegue o outro em um gracioso lateralmente galope como passo”. Nas pesquisas em vídeo na internet, conseguimos as pistas para montar o Cortando Jaca. Descobrimos que o chassé é o deslocamento de uma posição para a outra na dança clássica, e que o movimento é remetido ao “vai-e-vem do cortar a jaca com os pés”, fazia menção a um movimento parecido com a 3ª posição do balé.

Mas foi a partir do filme O Canto do Mar, direção de Alberto Cavalcanti, produção de 1952, com duração de 01h23m58s, é que chegamos mais próximo de identificar o movimento. O filme exibe a partir dos 17m30s, o trecho alusivo ao passo em questão. Com a devida atenção, observa-se no final da cena, ao lado direito da tela, um personagem executando o Cortando Jaca. Este filme está disponível na internet, no site do Youtube.

A partir de então, diante das descrições acima e em consenso com a equipe de trabalho da pesquisa, assim como nos exercícios de experimentação e análises realizados com os dados encontrados, concluímos que o Cortando Jaca ou Corta-Jaca, é um movimento onde o passista utiliza os dois pés em paralelo no chão e, se apoiando no metatarso, põe os pés virados para fora, um na frente do outro, o calcanhar do pé da frente fica na metade do pé de trás, chegando bem próximo ao que seria a 3ª posição do balé, depois é só ir alternando ora o direito, ora o esquerdo à frente. Os braços são colocados à frente em paralelo ao chão e utilizados como ajuda para a suspensão do corpo e os ombros cumprem a função de auxiliar com a cadência do passo. Esse é o desenho do movimento, onde o seu grau de dificuldade está mais na coordenação motora do passista, do que na força ou explosão corporais.
Identificamos também que o Cortando Jaca ou Corta-Jaca é um movimento acelerado, lembrando a cadência do passo Patinando no Gelo, Pisando em Brasa ou ferrolho-ferrolhando, por exemplo, cabendo ao passista incorporá-lo nos andamentos mais céleres da música, podendo também compassá-lo um pouco mais, aí fica a critério do passista no seu diálogo com o frevo.

Percebemos ainda que alguns princípios do passo Cortando Jaca ou Corta-Jaca se assemelham a alguns movimentos do Cavalo-Marinho, principalmente a um dos passos da figura da “Velha” ou do “Capitão”, justamente pelas relações entre o deslizar dos pés em diálogo com joelhos e as sucessivas trocas e cruzamentos. Vamos encontrar igualmente danças urbanas modernas com movimentos bastante análogos ao passo em questão, mas sem nenhuma identificação de hibridismo consciente dos seus autores. 

Em outra sequência da pesquisa, o movimento foi trabalhado tendo em vista as possíveis aproximações com outros movimentos do frevo, ou seja, sua família. Dessa forma, identificamos o mesmo dentro da Família dos Cruzados, e estudamos os passos que pedem, possibilitam ou estimulam sua execução.

Dado o grau de complexidade e possibilidades que o Cortando Jaca exige, o passo, assim como os outros pesquisados pela equipe de professores do grupo, serão constantemente objeto de estudo e execução nos Laboratórios posteriores e nas aulas do Projeto Frevo na Praça. Finalizamos mais uma fase do projeto, e neste etapa agradecemos a professora Lucélia Albuquerque que foi fundamental nos estudos de corpo, concedendo seu talento para a realização do Cortando Jaca, e também, ao pesquisador e compositor Samuel Valente, que nos auxiliou na pesquisa disponibilizando um livro do seu acervo.
Encerrando as atividades deste mês, registramos igualmente as Oficinas de Conserto de Sombrinhas de Frevo, realizada na sede do grupo, na Rua Francisco Berenguer, 60, no mesmo bairro do Hipódromo. Professores e participantes da Praça fizeram a manutenção do material de aula do grupo, se capacitaram no oficio e ainda ajudaram a preservar a natureza, evitando que objetos plásticos e metais pudessem ser jogados no meio ambiente.